segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Invasão no guarda roupa!

Minha mão anda doendo; não dói o tempo todo mas dependendo do movimento que faço com ela, dói e forte; dói do lado, no osso e a impressão que tenho é de machuquei o osso que liga meu dedinho direito ao punho e ao antebraço, que dóem também de maneira alternada com o osso da mão... coisa de doido isso...

Pensando no caso atribuo a responsabilidade deste incômodo ao tecer com os trapilhos e também com o barbante. Ambos exigem movimentos mais fortes da mão, porque o material impõe resistência e a agulha não flue no trabalho. Estou achando que é isso mas não tenho certeza, pode ser que eu tenha dado um mau jeito na mão e não tenha percebido ou dormido em cima dela, torta, por muitas horas ... mas acho que isso me acordaria... não sei na verdade e enquanto não descubro outra causa vou dar um tempo no crochet dos trapilhos.

O tecido de barbante finalizei ontem e agora só falta adicioná-lo ao sofá da sala. Como este era o trabalho que faço assistindo tv, tratei de substituí-lo por outro, com o mesmo ponto mas em linha de algodão, leve e fácil de tecer. O ponto é o mesmo, um corner-to-corner (de canto a canto) que fica bonito e é facílimo e desencucado.

Meus ajudantes felinos invadiram meu guarda roupas ontem, de maneira mais agressiva que o habitual e desenterraram lá do fundo uma bolsa de pano, que eu não via há anos e qual não foi minha surpresa ao ver que ela contem trabalhos iniciados e que foram esquecidos por motivos que me fogem totalmente... tudo muito estranho porque não costumo largar meus projetos desse jeito; posso até dar um tempo quando me canso deles ou são muito chatos de fazer mas sempre os retomo e levo até o fim.
Ainda não investiguei com calma o que seriam esses trabalhos mas separei a bolsa para olhar com vagar e já vi que existem novelos de linha lá dentro.
Catando tudo que os gatos puxaram do fundão do guarda-roupa, encontrei vários novelos de linha de algodão na cor salmão e contando tudo que tenho nessa cor acabei com uma quantidade enorme dessa linha: uns 3 novelos de 500m cada um.... é muita linha de uma cor só! O que será que eu pretendia fazer com ela é o que me pergunto, sem atinar com algo coerente. E dois dos novelos estão ainda nos invólucros de celofane! Além deles achei outros em vários graus de utilização mas todos iguaizinhos... muito, muito estranho...

Então embarquei no momento e comecei a tecer meu novo corner-to-corner na linha de algodão salmão... e fui fazendo sem me preocupar com por quês ou para quês.

Este jeito de tecer sem objetivo me encantou de tal maneira que agora me viciei nele e nem me preocupo com o que estou tecendo, pego, começo e sigo em frente bem ao sabor do momento mesmo, estilo sem lenço e sem documento, num sol de pleno janeiro, tecendo contra o vento... que lindo isto...
Hoje encontrei mais um novelo salmão, num tom mais forte que os outros e resolvi que o novo trabalho terá cores variando a cada dia, com predominância do salmão mais claro porque tenho metros infinitos dele mas vou mesclá-lo com outros restinhos de novelos que encontrar por aqui, mudando as cores a cada dia.

Este jeito de tecer coisas um pouco por dia também me agradou muito. Tenho a fileira de céu sendo feita a cada dia e também o afghan de quadradinhos de tunisiano, um por dia, ambos com duração de um ano e ambos começados no dia 1º de janeiro. Este que comecei ontem não tem duração marcada e só acompanhará o dia a dia na mudança de tonalidades; quando estiver de um tamanho legal ou as linhas acabarem estará pronto. É relaxante tecer assim, tecendo para sempre... não importa o que vai ser ou de quem vai ser, o que importa é tecer e que seja bonito... isto é imprescindível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário