segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Nem só de crochet vive esta tecelã

Nem só de crochet vive esta tecelã; também gosto de fazer colagens: pico papel colorido e construo pequenos casarios em paisagens enlouquecidas: em terras ardentes ou áridas, rochosas ou alagadas mas sempre muito coloridas e com as pequenas casas tortas, simples e tranquilas. Meus casarios são pobres mas são belos, situados em lugares inóspitos porém pacíficos e as casinhas se aglomeram, amontoadas mas sempre existem aqueles que as constroem isoladas, aqueles que não gostam muito de gente e preferem a solidão.

Todos os casarios tem uma historinha que se desenrola no fundo; eu sempre me conto essas historinhas enquanto vou fazendo e delas saem os títulos das colagens.
Foi numa dessas colagens que passei o final da tarde; ela está apenas no início e sua historinha está apenas sendo esboçada no fundo da minha mente.



Hoje o crochet não rendeu muito. Pela manhã fiz apenas o quadradinho de tunisiano de hoje e mais tarde ainda farei a carreira de céu, que voltará a ser azul já que parou de chover e o sol voltou a brilhar.

O casario que estou construindo tem destino certo: minha irmã Antonia. E ele ter dono me dificulta o trabalho porque fico me perguntando se ela irá gostar. É complicado para mim fazer qualquer coisa que se destine a outra pessoa... boa parte da minha espontaneidade se perde na intenção de agradar a um outro; prefiro fazer as coisas por gosto mesmo, fazer como acontece na hora sem me importar muito com o resultado final aos olhos dos outros; prefiro dar um trabalho pronto a alguém que goste dele do que partir do zero mas já destinado a alguém específico.
Com as colagens e tecidos acontece a mesma coisa. Se tem dono, fica mais difícil de fazer mas é assim que se dá em mim e pelo jeito isto não irá mudar.

As fotos de hoje mostram a colagem no ponto que atingiu hoje e ainda em andamento e em mutação.
Também fotografei as cinco carreiras inicias do cachecol do céu de cada dia do ano de 2014; a carreira de hoje ainda será incorporada, em azul.



A foto do casario ficou com um brilho branco por cima que não havia quando bati... deve ser o flash, justo onde estão as casinhas mas dá para ter uma idéia inicial. (Não se assuste Antonia, muita coisa ainda mudará nela mas a linha geral é esta porque só consigo fazer como está minha inclinação interior... não tenho como fugir disto... então, melhor ir se acostumando com a coloração forte... meus vilarejos são assim, lugares tranquilos em ambientes tremendos e hostis).




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