segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Algo se passa dentro de mim quando um trabalho se encerra...

A media manta se encaminhando mesmo para seu fim. Sempre que penso em como torná-la mais longa ela começa a parecer bizarra demais. Creio que com esta última carreira de quadrados ela estará pronta e bastará fazer os barrados em toda volta de acabamento.

Algo se passa dentro de mim quando um trabalho se encerra; fica sempre uma pergunta se o que foi feito foi mesmo suficiente, se foi bem escolhido, se houve o carinho e a dedicação necessários... neste caso acho que sim apesar dela ter sido uma proposta sem propósitos definidos, um trabalho ao sabor do vento, do que parecia bom no momento...

Todo caminho cheio de liberdade dá esta sensação de pergunta no ar. Quando se é livre sempre vem esses questionamentos, é mais difícil ser livre do que ter tudo traçado de antemão, é mais difícil voar do que andar sobre trilhos.

A media manta Tonalitá foi livre todo o tempo e eu achava engraçado tecer assim, sem trilhos, sem um programa preestabelecido para seguir; foi muito bom durante o processo mas agora que o finalizo, olho com certa dúvida se não poderia ter ficado melhor caso eu tivesse tirado um tempinho para traçar um projeto. Mas não tracei, curti muito tecer ao léu, sem lenço e nem documento, num verão dos mais quentes para tornar o tecer com fio de lã o mais maluco possível.

Faço os últimos quadrados, costuro na lateral, depois teço a bordadura final em toda a volta e a media manta Tonalitá estará pronta.

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